STF Analisa Pedido de Arquivamento da Denúncia Contra Bolsonaro e Aliados por Tentativa de Golpe
O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou a análise do pedido de arquivamento da denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados, que foram acusados de envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado.
MUNDOPOLÍTICA
3/26/20253 min read


STF Analisa Pedido de Arquivamento da Denúncia Contra Bolsonaro e Aliados por Tentativa de Golpe
O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou a análise do pedido de arquivamento da denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados, que foram acusados de envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. As defesas argumentam que a Procuradoria-Geral da República (PGR) não apresenta elementos suficientes para embasar a acusação e solicitam o encerramento do caso.
Principais Argumentos da Defesa
As defesas de Bolsonaro e de seus aliados baseiam seus pedidos em três principais eixos:
Falta de Provas Consistentes: Os advogados alegam que a PGR não apresentou provas concretas que justifiquem a admissão da denúncia, questionando a validade dos elementos reunidos durante as investigações.
Condução das Investigações: A defesa critica a relatoria do ministro Alexandre de Moraes, argumentando que ele deveria se declarar impedido devido a supostas ameaças sofridas por ele no contexto da investigação.
Competência do STF: Outra questão levantada é sobre o foro adequado para o julgamento. Para os advogados, como os denunciados não ocupam mais cargos públicos, o processo deveria ser remetido à Justiça Federal em Brasília, e não permanecer no STF.
O Papel da OAB e a Denúncia Fatiada
As defesas também recorreram à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), alegando que não tiveram acesso integral às provas reunidas pela Polícia Federal. Caso a OAB se manifeste a favor dos advogados, o julgamento da admissibilidade da denúncia pode ser adiado.
A PGR estruturou a denúncia em cinco núcleos para agilizar a análise do caso. O primeiro grupo, considerado o mais importante, inclui Bolsonaro e seus ex-ministros Augusto Heleno (GSI), Braga Netto (Casa Civil) e Paulo Sérgio Nogueira (Defesa).
Principais Defesas dos Acusados
Jair Bolsonaro
Seus advogados argumentam que ele nunca assinou um decreto golpista nem ordenou qualquer ação violenta.
A defesa aponta contradições entre os oito documentos citados na denúncia e diz que não havia um plano coeso para um golpe de Estado.
Afirmam que Bolsonaro repudiou publicamente os atos de 8 de janeiro.
Augusto Heleno
A defesa compara sua situação à de Lula na Lava Jato, alegando que ele deveria ser julgado pela Justiça Federal e não pelo STF.
Afirma que não há provas de que documentos apreendidos com ele estavam ligados a um plano golpista.
Chama a denúncia de "terraplanismo argumentativo", por supostamente se basear em suposições.
Paulo Sérgio Nogueira
A defesa argumenta que ele sempre foi contra um golpe de Estado e temia que radicais pressionassem Bolsonaro a assinar um decreto inconstitucional.
Anderson Torres
Seus advogados classificam a denúncia como um "roteiro imaginário" e afirmam que ele facilitou a transição para o governo Lula, citando seu encontro com Flávio Dino.
Almir Garnier
A defesa nega seu envolvimento com a "minuta golpista" e afirma que ele permaneceu em silêncio em reuniões sobre o tema.
Destaca que a Marinha não mobilizou tropas para um golpe, o que reforçaria a ausência de intenção golpista.
Alexandre Ramagem
Aponta que ele estava focado em sua campanha para deputado e que sua saída do governo em março de 2022 exclui sua participação na trama golpista.
Em confronto com a ministra Cármen Lúcia, sua defesa argumentou que a Abin deveria atuar na fiscalização das urnas, o que foi rebatido pela magistrada.
Mauro Cid
A defesa sustenta que ele atuava apenas como ajudante de ordens de Bolsonaro e deveria ter sua responsabilização atenuada.
Afirma que sua delação não foi feita sob coação e que ele cumpre suas obrigações no acordo de colaboração.
Próximos Passos no STF
O ministro Alexandre de Moraes apresentará seu voto após a sessão ser retomada. Caso o STF aceite a denúncia, Bolsonaro e seus aliados se tornarão réus no processo, podendo enfrentar penas severas caso condenados.
A decisão do tribunal será um marco para o futuro político do ex-presidente e seus aliados, podendo influenciar os rumos das próximas eleições. O desfecho desse julgamento também impactará a relação entre os Poderes e o debate sobre a responsabilização de autoridades em atos antidemocráticos.
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